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7/4/2010

Textos Comentados



Ajude a criança a dizer sim

A orientadora pedagógica Patrícia Campanha conta a importância de evitar dizer
A orientadora pedagógica Patrícia Campanha conta a importância de evitar dizer "não"

Ouvimos muitas vezes que não se deve dizer NÃO às crianças e com certeza pensamos: “Mas como educar uma criança sem dizer NÃO? Principalmente no momento atual em que vivemos, onde a maior queixa dos pais é que as crianças são “teimosas”, que não obedecem...


Na verdade o que muitos psicólogos, pedagogos, avós e mães experientes querem dizer quando orientam os responsáveis pela educação das crianças que NÃO devemos dizer NÃO às crianças, é que ao invés de reforçarmos o “NEGATIVO”, o “NÃO”, devemos reforçar o positivo, por exemplo, ao invés de dizer: “Não risque a parede”, devemos dizer “Venha desenhar neste papel colorido!”.

Através da minha experiência nesta área da educação, posso garantir que reforçar sempre o positivo nos leva a resultados muitos satisfatórios, principalmente quando o assunto é CRIANÇA!

Com a reportagem abaixo, a neurologista Suzana Herculo Houzel, nos faz entender melhor essa questão tão relevante na educação de nossas crianças.

                                                                                                                                                 

Patricia Campanha
 Orientadora Pedagógica da Educação Infantil



                                                    

Atenção para o desafio: um, dois, três e ... Não pense em um elefante cor-de-rosa! Conseguiu? Duvido muito!

A razão para um rechonchudo elefante cor-de-rosa aparecer automaticamente em sua mente é a mesma pala qual crianças pequenas têm dificuldade em obedecer a “nãos” variados: o cérebro ativa automaticamente suas representações de “elefante-cor-de-rosa”, “por-a-mão-na-tomada”, “pular-do-muro” ou  “atravessar a rua” toda vez que ouve essas palavras.

Quando são precedidas por um “não”, o córtex pré-frontal entende que deve impedir a execução dos programas respectivos, mas, como o pré-frontal infantil nem sempre consegue fazer isso, o “não pule” vira um convite ao desastre. Como evitá-lo e conseguir que uma criança não faça o que não deve? A dica da neurociência é tirar partido da própria ativação automática de idéias e aprender a usá-la a seu favor.

Isso requer algum treino, é verdade, mas você tem muito mais chances de conseguir que uma criança não pule do muro alto se você fizer seu córtex pré-frontal, o seu leitor, já crescidinho...conter o impulso de gritar: “Não pule!” para, ao invés disso, dizer “Fique bem quietinho!” enquanto você se aproxima. Devido justamente à ativação automática dos programas motores, é muito mais fácil conseguir, com uma ordem, que uma criança faça algo inofensivo, como ficar parada, do que obter de seu córtex pré-frontal controle suficiente para não fazer algo perigoso.

Aproveitar a facilidade do cérebro infantil para dizer “sim” resolve até problemas mais inofensivos do dia-a-dia, como minha irmã uma vez demonstrou. Uma tarde, quando nada mais convencia minha filha de três anos a largar os brinquedos para entrar no banho, minha irmã resolveu o problema convidando-a, em sua voz animada, de olhos arregalados, dando pulinhos e batendo palmas de alegria e excitação, como se aquela fosse uma oportunidade ímpar: “Tive uma idéia: vamos tomar banho? Vamos? Vamos??? Ela Foi!

Ser positivo e sugerir às crianças o que elas podem fazer, ao invés de ressaltar a birra do momento, é mais agradável e menos frustrante para todo mundo do que lutar com negações, principalmente quando as alternativas permitidas são atraentes e interessantes. Deixo aqui, então, um convite ao leitor: experimente usar seu córtex pré-frontal, já maduro, para não dizer “Não Faça!” à sua criança e, ao invés disso, oferecer-lhe coisas que ela possa fazer. Ajude o cérebro de seu filho a dizer “Sim!”

Fonte: Folha Equilíbrio – 29/03/2007

Autora: Suzana Herculo Houzel, neurocientista, professora da UFRJ e autora de “O Cérebro Nosso de Cada Dia” (Ed. Vieira e Lente) e de “O Cérebro em Transformação” (Ed. Objetiva)

 

 

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