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18/8/2010

Vestibular



Estresse durante pré-vestibular pode se tornar crônico

O estresse destrói células responsáveis pela aquisição e recuperação de memórias
O estresse destrói células responsáveis pela aquisição e recuperação de memórias

Fonte: Terra

Não bastasse a adolescência, que é uma fase de conflitos internos e de tomar decisões importantes, o período do pré-vestibular se apresenta como uma jornada, na maioria das vezes, estressante e que parece não ter fim. Escolher uma carreira entre tantas possibilidades não é fácil. Menos ainda é ter que acumular tanto conhecimento sem se abdicar de uma vida saudável e social. Por isso, o psicofisiologista Marcello Árias Dias Danucalov alerta que o estresse adquirido nesta fase da vida pode ser tornar crônico, fazendo parte da personalidade do indivíduo.

Além das muitas horas de estudos, há a pressão familiar e do próprio candidato para que ele tenha um ótimo desempenho nos exames. Muitos deixam de sair com os amigos, de fazer atividade física e podem até abalar um relacionamento amoroso por se dedicar tanto aos livros. Mas Marcello Danucalov considera que todas essas privações em função do vestibular podem ser em vão, caso o jovem não consiga administrar seu tempo e sua ansiedade.

"O estresse destrói células responsáveis pela aquisição e recuperação de memórias. Durante períodos prolongados de estresse várias substâncias químicas são liberadas no organismo, como o hormônio cortisol, que age negativamente no hipocampo, estrutura do cérebro fundamental para os processos associados à memória", explica ele.

Marcello aponta ainda que há evidências de que o estresse pode ter continuidade durante grande parte do período universitário, inclusive com a criação de hábitos comportamentais inadequados que darão início a um ciclo vicioso, resultando numa enorme repercussão na vida do estudante. Aliás, aquele desânimo que atinge alguns estudantes no decorrer do curso pode estar relacionado a este estresse pré-vestibular.

Entre os sinais mais comuns de estresse estão a insônia, irritabilidade, cansaço, doenças de pele ou gástricas, perda de memória, etc. "Durante o estresse, o organismo automaticamente utiliza suas reservas de energia para se reequilibrar. Por isso, dois sintomas são mais frequentes durante este processo: a sensação de desgaste generalizado sem causa aparente e dificuldades com a memória", completa Danucalov. Além disso, existe o risco de adoecer. Conforme esclarece o psicofisiologista, as substâncias liberadas no organismo por causa do estresse enfraquecem o sistema imunológico e tornam a pessoa mais vulnerável.

Técnicas de relaxamento
Obviamente, o vestibulando não deve deixar de lado as preocupações com as revisões de conteúdo, mas de nada adiantará todo esse esforço se ele não tiver controle emocional. Para isso, Marcello sugere técnicas destinadas ao gerenciamento pleno e consciente do estresse, como relaxamento muscular progressivo, técnicas de coaching, yoga, Pilates, assim como a meditação. "Tais práticas têm sido investigadas pela ciência e são comprovadamente associadas ao sucesso do vestibulando, uma vez que melhoram a concentração, o rendimento e o desempenho do candidato na hora da prova".

Marcello explica que para administrar o estresse primeiro é preciso identificá-lo. Muitas vezes a pessoa não reconhece que está estressada. "Depois o indicado é controlar a ansiedade e buscar o auxílio de um profissional para que possa orientar o indivíduo com exercícios para manter a tranquilidade e o equilíbrio entre corpo e mente".

Mas ele dá algumas dicas que podem ser feitas em casa, como, por exemplo, dedicar 30 minutos por dia para observar a respiração. "O jovem deve prestar atenção no ar que entra e sai de seus pulmões prolongando o tempo de estada do ar sem que isso, porém, cause desconforto. Nossa respiração é muito automática, ansiosa, curtinha. O correto é encher o peito e a barriga de ar e demorar a soltá-lo", sugere.

Outra técnica é fixar a atenção em apenas uma coisa ou pensamento por um período prolongado, como, por exemplo, concentrar-se num ponto preto em uma tela branca e não deixar que outros pensamentos venham à tona. "Quanto maior for o treino, maior a chance de a pessoa conseguir controlar suas sensações e se sentir mais concentrada em suas atividades", afirma Marcello.

Ele também recomenda que o estudante evite comentar sobre vestibular em seus momentos de lazer, quando estiver com os amigos ou fazendo as refeições com a família. Mais que isso, aconselha aos jovens ter pensamentos positivos. "A maioria das pessoas acha que isso é balela, mas se o individuo pensar 'eu não vou passar' ou 'eu sou burro' esta insegurança vai gerar mais estresse, o que poderá acabar lhe prejudicando", ressalta.

Disciplina é o segredo
Para a estudante Marina Prates Ferreira Rossetto, 18, não há necessidade de se estressar com o vestibular, desde que se tenha disciplina com os estudos. "Se a pessoa estuda ao longo do ano, ela se sentirá segura para as provas", afirma.

A jovem, que se considera muito tranquila, deseja cursar Arquitetura e Urbanismo na Universidade de São Paulo (USP) e faz cursinho pré-vestibular durante a manhã. Ela garante que não deixa de sair com os amigos ou de ir ao cinema para estudar. "Eu me dedico aos estudos o suficiente para se sair bem nos exames, mas não fico pensando o tempo todo nisso, nem me cobrando demais".

O processo de preparação para o vestibular não pode ser doloroso. Por isso, Marina reserva pelo menos um dia da semana para relaxar e fazer as coisas de que gosta. "Todos nós precisamos descansar. Estresse e nervosismo só prejudicam na hora que temos que demonstrar nosso conhecimento".

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