Maior exposição de M.C. Escher no Brasil leva 95 obras ao CCBB

A partir de 19 de abril, o Centro Cultural Banco do Brasil, no centro de São Paulo, recebe a maior exposição já feita no Brasil do artista holandês M.C. Escher (1898-1972). Ao todo, a mostra "O Mundo Mágico de Escher" reúne 95 de suas obras enigmáticas, incluindo gravuras originais, desenhos e fac-símiles.

O público terá acesso a experiências interativas e a intervenções óticas, que tentam mostrar como é possível olhar pela janela de uma casa e ver tudo em ordem, por exemplo, e, em seguida ver tudo flutuando. Também será exibido um filme em 3D que proporciona um passeio por dentro das obras do artista. Até algumas de suas gravuras vão virar animação.

Mauritus Cornelis Escher, nasceu em Leeuwarden na Holanda em 1898 e dedicou toda a sua vida às artes gráficas. Na sua juventude não foi um aluno brilhante, nem sequer manifestava grande interesse pelos estudos, mas os seus pais conseguiram convencê-lo a ingressar na Escola de Belas Artes de Haarlem para estudar arquitetura. Foi lá que conheceu o seu mestre, um professor de Artes Gráficas judeu de origem portuguesa, chamado Jesserum de Mesquita.
Com o professor Mesquita, Escher aprendeu muito, conheceu as técnicas de desenho e deixou-se fascinar pela arte da gravura. Este fascínio foi tão forte que levou Mauritus a abandonar a Arquitectura e a seguir as Artes Gráficas. Quando terminou os seus estudos, Escher decide viajar, conhecer o mundo! Passou por Espanha, Itália e fixou-se em Roma, onde se dedicou ao trabalho Gráfico. Mais tarde, por razões políticas muda-se para a Suíça, posteriormente para a Bélgica e em 1941 regressa ao seu país natal.
Estas passagens por diferentes sítios, por diferentes culturas, inspiraram a mente de Escher, nomeadamente a passagem por Alhambra, em Granada, onde conheceu os azulejos mouros. Este contacto com a arte árabe está na base do interesse e da paixão de Escher pela divisão regular do plano em figuras geométricas que se transfiguram, se repetem e reflectem, pelas pavimentações. Porém, no preenchimento de superfícies, Escher substituía as figuras abstracto-geométricas, usadas pelos árabes, por figuras concretas, perceptíveis e existentes na natureza, como pássaros, peixes, pessoas, répteis, etc.

Acesse o site catraca livre e confira os destaques culturais da semana.

"O Mundo Mágico de Escher"

Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 Centro - São Paulo, SP.
Tel.: 0/xx/11/3113-3651. De 19/4 a 17/7
Entrada Franca.
Classificação etária: livre.

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